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A exemplo do abordado em outro tema, do ponto de vista técnico, normalmente não há limitação. Se o tamanho da tela não for suficiente para inserir 2 dúzias de gráficos, p.ex., o recurso do scroll (horizontal e vertical) costuma resolver a questão. Porém, fica a pergunta: colocar muitas imagens ou extensas tabelas em um dashboard é produtivo? A rigor, a missão do dashboard deveria ser a transmissão rápida da compreensão dos dados. Por isso ele costuma ser composto prioritariamente por imagens (gráficos, gauges, cards…). E se gerar scroll, compromete a agilidade.

Concluímos, então, que é melhor dividir a informação em dashboards segmentados, com assuntos relacionados, para facilitar e agilizar a compreensão daquilo que está exposto no dashboard.

E a pergunta que não quer calar: Qual o limite de imagens para compor um dashboard?

Aqui dá pra recorrer a um estudo do psicólogo cognitivo George A. Miller, intitulada “The Magical Number Seven, Plus or Minus Two: Some Limits on Our Capacity for Processing Information”, que foi publicado em 1956 na revista “Psychological Review”.

Miller argumentou que a capacidade de processamento da memória de curto prazo humana é limitada a cerca de 7 elementos (mais ou menos 2). Este número mágico, 7, refere-se à quantidade de informação que uma pessoa pode manter e manipular em sua mente ao mesmo tempo.

Vale ressaltar, claro, que não se trata de uma verdade absoluta, pois a capacidade pode variar dependendo do tipo de informação e das estratégias de agrupamento usadas para aumentar a eficiência do processamento cognitivo. Mas, sem dúvida, o máximo de 9 é um bom começo para limitar a quantidade de gráficos em um dashboard ou a quantidade de elementos em uma tabela.

Leonardo R M Matt
Jun/2024