No intuito de contextualizar os leitores, considero que máquinas podem ter mostradores com indicadores que, por sua vez, podem ser monitorados em função de suas faixas limítrofes. Por exemplo, por meio de monitoramento podemos ter mostradores como de contadores, termostatos, conta-giros, hodômetros e velocímetros, cada um com sua faixa limítrofe de operação para uma máquina específica. Em geral, muitas máquinas vêm com seus mostradores embutidos de fábrica, com os indicadores sugeridos dentro de uma faixa de normalidade esperada.
Pense em um carro: ele tem um painel de monitoramento (ou de monitores), também chamado de dashboard, onde há um conjunto de indicadores que já vem pré-definidos pelo fabricante. O conta-giros, por exemplo, já vem desenhado para mostrar os limites de rotação mínima e máxima, que, se violados, poderão causar um transtorno mecânico. Cabe ao condutor acompanhar todos os indicadores presentes no dashboard para que ele se mantenha em boa funcionalidade. Outro exemplo com o carro: o veículo apresentar constantemente a indicação de temperatura acima do padrão estabelecido no monitor de temperatura, o piloto (literalmente) poderia tomar uma decisão simples e menos onerosa, dependendo da situação, de simplesmente completar regularmente a água no radiador. Se ele não tem conhecimento de mecânica, poderia decidir em levá-lo a uma oficina, para que seja estabelecido um diagnóstico preciso do problema. A oficina realizará um diagnóstico e, com ele, possivelmente um prognóstico, que seria um orçamento de serviços e peças de reposição para que, ao usar o veículo, aquele indicador volte definitivamente aos padrões considerados normais do veículo.
Já com os indicadores de organismos (seres vivos), é possível monitorá-los por meio de seus sinais vitais tais como, no caso do corpo de uma pessoa, a sua pulsação, pressão arterial, temperatura, peso e exames fisiológicos ou psicológicos. São vários os indicadores que têm seus limites de normalidade já pesquisados no âmbito da saúde, com mínimos, médios e máximos indicados. O indicador nível de glicemia de uma pessoa, por exemplo, é definido como dentro da normalidade, aproximadamente, entre os valores de mínimo de 80 mg/dL (miligramas por decilitro) e máximo 100 mg/dL em uma amostra pontual, que pode ser medida por um dispositivo chamado glicosímetro. Fora destes parâmetros, um médico pode requerer exames complementares para obter outros indicadores, que poderão lhe favorecer com maior precisão o estabelecimento de um diagnóstico da patologia (possivelmente Diabetes neste exemplo). Estabelecido o diagnóstico da doença, o médico poderá definir um prognóstico que, com base em um tratamento ou protocolo de saúde acompanhado de medicamentos e dispositivos de saúde por ele receitados, poderá restaurar a normalidade deste indicador.
Gilberto Rigotti, consultor de gestão e sócio da Anechomai Consultoria, Assessoria e Treinamento Ltda.